THE METERS – Struttin’
junho 10, 2013 em Resenhas do Régis
Há uma maneira fácil de descobrir se uma pessoa está realmente viva. Coloque qualquer disco deste grupo para tocar – especialmente este Strittin’ – e repare: se ela não se mexer e sair dançando, pode assinar o atestado de óbito.
Para a história do “verdadeiro funk”, este grupo americano é quase tão importante quanto o próprio James Brown, já que seus grooves matadores serviram de influência para um sem número de artistas e bandas, de Funkadelic a Prince.
O terceiro LP do grupo, de 1970, é um primor de ritmos e cadências sacolejantes. Logo de cara, “Chicken Strut” convida todo mundo para um baile ‘racha assoalho’ dentro de um galinheiro, seguida por uma sucessão de cacetadas da melhor estirpe em termos de groove – “Liver Splash”, “Joog”, “Go for Yourself”, “Tippi-Toes” e “Hey! Last Minute”, por exemplo.
Se há momentos de calmaria soul – como a sacolejante “Darling Darling Darling” e a bela versão de “Wichita Lineman”, de Jimmy Webb -, o disco mostra que a banda também fazia bonito na hora de tocar rocks explícitos, como “Ride Your Pony” e “Britches”.
Quando os teclados e vocais de Arthur “Art” Neville se encontravam com a guitarra de Leo Nocentelli e, principalmente, com a arrasadora cozinha rítmica formada pelo extraordinário baixista George Porter Jr. e o sobrenatural baterista Joseph “Ziggy” Modeliste, não tinha erro: era sonzão na certa.
Este disco é apenas mais uma prova disto…

